Projeto de divulgação da memória do Marabaixo, maior tradição cultural do Amapá

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Dia 1º de maio tem Marabaixo do Trabalhador no bairro da Favela

Texto e fotos: Mariléia Maciel


Dia do Trabalhador, 1º de maio, tem marabaixo na Favela, antigo bairro Santa Rita, a partir das 16h, e encerra meia-noite. É a continuação do Ciclo do Marabaixo e a segunda rodada da programação, que iniciou no sábado da Aleluia, e acaba no dia de Corpus Christi, 4 de junho. Realizada pela Associação Cultural Berço da Favela, a presidente Valdinete Costa, e os festeiros Iracema Oliveira e José Maria Costa, abrem o barracão da Tia Gertrudes para receber devotos da Santíssima Trindade e visitantes.




Os festejos em louvor à Santíssima Trindade acontecem na Favela desde a década de 40, na casa da família de Gertrudes Saturnino. Uma promessa feita pela falecida matriarca, para que a filha Natalina Costa engravidasse, reforçou a fé na santidade. Ao longo dos anos, conquistou centenas de fiéis e simpatizantes do tradicional marabaixo, manifestação cultural dançada e tocada durante os eventos, que mistura o lúdico e o religioso.


Lorena Mendes (à esquerda)

A programação continua no dia 9 de maio, Sábado do Mastro, quando membros da Associação, junto com outros grupos que realizam o Ciclo, fazem a derrubada dos mastros no quilombo do Curiaú. No dia 24, Domingo da Murta, tem o 3º marabaixo, e no amanhecer do dia seguinte, o mastro é levantado. De 22 a 30 de maio são rezadas as novenas, e no dia 31, tem o Almoço dos Inocentes, relembrando a promessa de Gertrudes, que ofereceu um almoço para 12 crianças, que simbolizam os apóstolos, e até hoje é realizado.


Lorrany Mendes


A programação do dia 1º inicia às 16h, com o cortejo nas redondezas do barracão, e às 18h as caixas começam a tocar seguindo o ritual do Marabaixo do Trabalhador. Os tradicionais caldo e gengibirra, são distribuídos gratuitamente.



Alan Cruz (com o microfone)

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