Texto e fotos: Mariléia Maciel
Dia do Trabalhador, 1º de maio, tem marabaixo na Favela,
antigo bairro Santa Rita, a partir das 16h, e encerra meia-noite. É a continuação
do Ciclo do Marabaixo e a segunda rodada da programação, que iniciou no sábado
da Aleluia, e acaba no dia de Corpus Christi, 4 de junho. Realizada pela
Associação Cultural Berço da Favela, a presidente Valdinete Costa, e os
festeiros Iracema Oliveira e José Maria Costa, abrem o barracão da Tia
Gertrudes para receber devotos da Santíssima Trindade e visitantes.
Os festejos em louvor à Santíssima Trindade acontecem na
Favela desde a década de 40, na casa da família de Gertrudes Saturnino. Uma
promessa feita pela falecida matriarca, para que a filha Natalina Costa
engravidasse, reforçou a fé na santidade. Ao longo dos anos, conquistou
centenas de fiéis e simpatizantes do tradicional marabaixo, manifestação cultural
dançada e tocada durante os eventos, que mistura o lúdico e o religioso.
Lorena Mendes (à esquerda)
A programação continua no dia 9 de maio, Sábado do Mastro,
quando membros da Associação, junto com outros grupos que realizam o Ciclo,
fazem a derrubada dos mastros no quilombo do Curiaú. No dia 24, Domingo da
Murta, tem o 3º marabaixo, e no amanhecer do dia seguinte, o mastro é
levantado. De 22 a 30 de maio são rezadas as novenas, e no dia 31, tem o Almoço
dos Inocentes, relembrando a promessa de Gertrudes, que ofereceu um almoço para
12 crianças, que simbolizam os apóstolos, e até hoje é realizado.
Lorrany Mendes
A programação do dia 1º inicia às 16h, com o cortejo nas
redondezas do barracão, e às 18h as caixas começam a tocar seguindo o ritual do
Marabaixo do Trabalhador. Os tradicionais caldo e gengibirra, são distribuídos
gratuitamente.
Alan Cruz (com o microfone)