Quando me propus a realizar o documentário As Tias do Marabaixo, fiz questão de que a primeira entrevistada fosse Tia Chiquinha, então com 93 anos. A entrevista aconteceu em sua casa no Curiaú, em 7 de maio de 2014 (no dia seguinte, fazia um ano que havíamos nos conhecido pessoalmente, apresentados pela cantora Patrícia Bastos no "Marabaixo de uma quarta-feira" no Grupo do Pavão, no Laguinho). (Ao lado, foto feita por mim no dia da comemoração do seu 94º aniversário; a festa foi em 27 de junho, comemorado em realidade um dia depois da data correta).
Quis o destino que a primeira entrevistada fosse também a primeira a deixar este nosso mundo físico. Tia Chiquinha faleceu na última Quarta-Feira de Cinzas, 18 de fevereiro de 2015, no hospital São Camilo, depois de alguns dias internada no Pronto-Socorro de Macapá. Na mesma noite, iniciou o velório, no Curiaú (no mesmo local onde fizéramos nossa entrevista); o enterro aconteceu no dia seguinte, no cemitério São José, no bairro Buritizal.
Parte da gravação feita no ano passado, na qual contei com a colaboração da equipe da Graphite Comunicação, foi disponibilizada hoje pela primeira vez, Dia Internacional da Mulher, com o lançamento no canal do Som do Norte no YouTube do meu curta "Tia Chiquinha", no qual ela aparece cantando o ladrão de Marabaixo de sua autoria "Eu vou dar a minha caçada", não sem antes contar as circunstâncias que a inspiraram. Também gravamos mais músicas e principalmente um longo depoimento histórico de Tia Chiquinha, que fará parte do longa-metragem As Tias do Marabaixo, com lançamento previsto para este ano.
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